sábado, 21 de janeiro de 2012

Problemas e soluções do futebol angolano

O futebol em Angola é um desafio para todo o país. É um sector que está em clara expansão e em fase de desenvolvimento. Pode-se considerar que é um dos desportos de eleição no país, a par do andebol e do basquetebol.
A notícia recentemente divulgada nos meios de comunicação social nacionais e internacionais acerca da confirmação do futebolista brasileiro Rivaldo Victor Ferreira como jogador do Kabuscorp do Palanca, é uma prova do crescimento e desenvolvimento deste desporto por todo o país.
Esta confirmação é uma vitória para o futebol nacional e para o campeonato nacional, o Girabola em particular, visto que temos, entre nós, um jogador eleito em 1999 pela FIFA, como o melhor do mundo e igualmente um campeão do mundo, pela sua selecção nacional, o Brasil, em 2002.
No entanto, este facto não pode ser visto de uma forma isolada, simplesmente como a vinda de um futebolista de gabarito internacional para o futebol nacional de Angola. Podemos ir mais além. Analisando profundamente este acontecimento, vislumbramos a promoção generalizada do desporto, de uma forma geral, e do futebol, no caso, de uma forma particular.
Como nunca antes tinha acontecido na história do futebol angolano, vemos recentemente grandes movimentações a nível de contratações de jogadores por parte de equipas nacionais, como são o caso do Kabuscorp do Palanca ou do Benfica de Luanda, entre muitos outros emblemas nacionais.
É de notar a contratação, não só a nível interno, com empréstimos de jogadores, mudanças de clubes, contratações de longo e médio prazo, mas também a nível internacional de jogadores, onde os olheiros e as equipas técnicas e de gestão nacionais se têm desdobrado em acções impressionantes de políticas financeiras e de grande visão estratégica.
Em termos globais, todos estes factos vêm reforçar o Girabola no seu conjunto, visto que as equipas que o representam irão, com certeza, iniciar este tipo de práticas, aumentando a competitividade interna.
Com o aumento desta competitividade, os jovens valores do futebol angolano irão aparecer, havendo uma plena combinação entre a prática desportiva amadora e federada.
Vivemos então um período propício do futebol nacional em que as escolas de futebol ou academias devem ser, finalmente, lançadas ou aprofundadas. Todos os clubes devem ter a sua política de promoção de jovens valores, onde os petizes, desde crianças até à idade adulta, são acompanhados pelos seus respectivos emblemas e se tornam verdadeiros futebolistas e valores nacionais.
Com muito orgulho, a continuar toda esta motivação futebolística por todo o país, poderemos ver, nos próximos tempos, os campos recentemente construídos finalmente cheios de adeptos, que procurarão, tal como acontece em outros países com uma tradição no futebol muito maior que a nossa, como são o caso do futebol português, inglês ou espanhol, um futebol com mais técnica, mais espectáculo dentro das quatro linhas, com futebolistas que podem, de facto, arrastar multidões e, nesses termos, orgulhar todo o povo com a sua arte.
Os próximos anos, só podem, a continuar este ambiente de grande entrega por parte das equipas do Girabola, ser de grandes vitórias para o futebol nacional. Parabéns Girabola!


Paulo Quaresma - Jornal de Angola

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